Doze mil curitibinhas aprendem com aulas e atividades on-line

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Doze mil curitibinhas aprendem com aulas e atividades on-line. Foto: Divulgação
 
Doze mil curitibinhas aprendem com aulas e atividades on-line. – Na imagem, Lucas Junges Costa, 8 anos. Foto: Divulgação
 

Lucas Junges Costa, 8 anos, se juntou aos milhares de estudantes em todo o mundo que tiveram de parar de frequentar a escola por causa da pandemia do coronavírus. Porém, desde a última segunda-feira (13/4), o aluno do 4º ano da Escola Municipal Professora Sônia Maria Kenski, em Santa Felicidade, voltou a participar de atividades pedagógicas, transmitidas pela Secretaria Municipal da Educação pela televisão e internet.

“Gostei bastante, contaram histórias sobre bruxas, fizemos jogos de matemática e anotei tudo no caderno. Foi divertido”, contou o estudante Lucas.

Somente na Regional Santa Felicidade são aproximadamente 12 mil crianças e estudantes de 14 Centros Municipais de Ensino (CMEI) e 13 escolas municipais acompanhando as videoaulas que estão sendo transmitidas de segunda a sexta-feira, pelo canal 9.2 da TV Paraná Turismo, em UHF, e no YouTube. O conteúdo pode ser assistido usando o celular, computador ou tablet, além da televisão.

No total, são 145 mil crianças e estudantes da rede municipal de ensino recebendo conteúdo remoto para manterem o vínculo com a comunidade escolar e com o saber durante o período de distanciamento social.

“Enquanto as salas de aula e outros espaços escolares não podem voltar a ser ocupados, os curitibinhas têm acesso ao conteúdo pedagógico produzido com muita competência e amor pelas equipes da Educação. Assim, seguem em suas casas com saúde e Curitiba segue sendo maior que os seus desafios”, diz o prefeito Rafael Greca.

 

Conteúdos

O conteúdo ministrado por professores da rede municipal foi desenvolvido para a pré-escola, os estudantes do 1º ao 5º ano do Ensino Fundamental e os da Educação para Jovens e Adultos (EJA). Para estudantes do 6º ao 9º ano do Fundamental, o conteúdo será o disponibilizado pelo Governo do Estado do Paraná.

“As aulas ministraras pelos professores formadores da Secretaria Municipal da Educação foram estruturadas para atender aos diferentes níveis, considerando adaptações condizentes com deficiências”, diz a secretária municipal da Educação, Maria Sílvia Bacila.

“Além da grade horária de pré, do 1º ao 5º ano e da EJA, no sábado todos os conteúdos serão revisados, adaptados e terão tradução em libras”, destaca Maria Sílvia.

Registros das produções

Lucas está fazendo o registro das suas produções em cadernos e pretende levar tudo para a escola, apresentar à professora e conferir se aprendeu direitinho. Os conteúdos apresentados nas aulas on-line serão retomados com os estudantes após a volta às aulas presenciais.

“É uma medida para que nossos curitibinhas tenham acesso aos conteúdos pedagógicos para darem continuidade aos seus processos de aprendizagem”, diz a chefe do núcleo da Educação da Regional Santa Felicidade, Denise Luciane Lipinski Rutkoski.

Para garantir que os estudantes pudessem fazer os registros das atividades em casa, os CMEIs e escolas distribuíram kits de materiais contendo folhas, lápis, cola, canetas coloridas e outros itens necessários para que os meninos e meninas pudessem ter em casa o que é necessário para participar.

As unidades fizeram mutirão, respeitando as medidas de segurança e saúde, com distanciamento social, para a entrega dos kits, que aconteceu na última semana.

Rotina das famílias

O início das vídeoaulas trouxe nova organização à rotina da família de Lucas. Além do garoto, a mãe, Silvia Junges Costa, que é professora na Escola Municipal Foz do Iguaçu, em Santa Felicidade, também está acompanhando os conteúdos oferecidos remotamente. Ela assiste com muita atenção já que no retorno das aulas presenciais fará a retomada do que foi apresentado com os seus alunos em sala de aula.

“Organizamos um espaço na casa, diferente de onde ele brinca, para que seja o momento voltado ao aprendizado. Ele toma café da manhã, separa o material e até veste o uniforme”, conta Silvia.

Usar o uniforme, destaca Sílvia, não e imprescindível para todas as crianças, mas foi uma estratégia combinada pela família para que Lucas pudesse se sentir mais próximo à escola, com comportamento de estudante.

Como mãe, Silvia avalia que iniciar às atividades on-line foi importante para reorganizar a rotina da família. “Fizemos combinados, ajudamos ele a compreender que é um tempo com conteúdo pensado para ele, porém, que só fará sentido se ele se sentir pertencente à proposta”, diz.

O lado professora, preocupada e dedicada aos os estudantes, faz Silvia acreditar que as aulas pela internet são importantes para a manutenção dos vínculos de aprendizagem. “De certa forma, as atividades acabam atingindo a toda família e isso será importante para as interações e para o desenvolvimento de todos”, conclui.

É importante que cada família perceba qual a melhor estratégia para receber o conteúdo, igualmente transmitido pelo canal 9.2 e pelo Youtube, destaca a professora. Algumas crianças acompanham muito bem pela televisão. Para outras, que precisam de mais tempo para fazer os registros, o Youtube é a melhor opção. A criança pode pausar, completar suas anotações, voltar a explicação quantas vezes achar necessário. 

Para o Cauã, o filho mais novo, de 3 anos, são as atividades de musicalização que estão ajudando a manter o contato com as práticas que vivenciava no CMEI Monteverde. “Ele aproveita o material que é voltado ao seu desenvolvimento, mas acaba também participando de algumas atividades que vê o irmão desenvolver”, conta Silvia.

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