Pais devem acompanhar o acesso dos filhos à internet nas férias

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Deisi Cristina Voi supervisiona as filhas Nicole Fernanda Voi da Silva de 13 anos e Aimée Beatriz Voi da Silva de 6 anos na internet durante as férias. Curitiba,21/12/2017. Foto: Luiz Costa/SMCS

Com a chegada das férias, muitas crianças podem passar um tempo maior nas redes sociais ou em jogos on-line que, assim comosites e aplicativos, também podem ser usados para ampliar a aprendizagem conquistada durante o ano letivo. “Estar conectado não é ruim para o estudante, pelo contrário, sabendo utilizá-la, a internet pode tonar-se uma grande aliada durante as férias para continuar aprendendo de maneira divertida. Para tanto é necessário saber buscar fontes adequadas”, explica a gerente de Tecnologias e Mídias Digitais da Secretaria Municipal da Educação, Estela Endlich.

De acordo com Estela, navegar na internet no período de férias pode não ser um tempo perdido. A orientação é que pais e responsáveis saibam quais os recursos fornecem esses benefícios, estipular um tempo saudável de uso e estar atentos à segurança dos conteúdos disponíveis na rede, acompanhando semanalmente o que seu filho acessa.

O que acessar

Para dar qualidade ao uso da rede digital durante as férias, professores da Secretaria Municipal da Educação listaram alguns sites e aplicativos, com base na contribuição que eles podem oferecer às crianças. São atividades e jogos que incentivam a criatividade, o raciocínio, a elaboração de estratégias e a leitura. No portal Cidade do Conhecimento (cidadedoconhecimento.org.br), o banner Férias Escolares (na coluna à direita) indica as opções.

Aplicativos como Feel The Music, ferramenta ideal para treinar a língua inglesa, Palavra Certa, que trabalha com a grafia, OR Estatística, que auxilia na compreensão lógica, Games Educativos e Escola Games, que possuem jogos de diversos componentes curriculares também são indicados pelo Instituto NET Claro Embratel como uma boa opção para manter a aprendizagem fora do ambiente escolar.

Para os pais, a recomendação é conhecer as orientações de segurança como as da organização não governamental SaferNet. Elas foram utilizadas em formações com os professores e podem ser conhecidas pelas famílias. Também estão disponíveis no portal Cidade do Conhecimento no banner Segurança na Internet. “A recomendação aos pais e aos responsáveis é que protejam as crianças conhecendo cada vez mais o assunto, buscando informação adequada em fontes seguras”, orienta Estela.

Na dose certa

A pediatra Luci Pfeiffer, da Sociedade Paranaense de Pediatria (SPP), que há dez anos atende crianças e adolescentes do Dedica – Programa de Defesa dos Direitos da Criança – lamenta o uso abusivo da internet. Para Luci, “a internet é uma ferramenta que propicia o bom uso e muitas facilidades de comunicação, mas, pode causar dependência tecnológica e afetar as relações entre pais e filhos”, explica.

Os principais riscos do uso da internet por crianças e adolescentes são os acessos a conteúdos inapropriados para a idade, como pornografia, a exposição da privacidade em redes sociais, o cyberbullying e a exposição da intimidade, principalmente na adolescência. A SPP lançou neste ano o projeto Contecte-se ao que Importa.

Deisi Voi, professora e mãe de duas meninas, de 6 e 13 anos, conhece os riscos mas não impede o uso do recurso por avaliar que o uso com cautela é uma ação saudável. “Tudo que querem acessar primeiro passa por nós (mãe e pai). Elas assistem vídeos, usam redes sociais e fazem pesquisas, mas tudo é com tempo estipulado, censura de conteúdo e combinados. Nas férias, o tempo de acesso é maior, mas nada que substitua o convívio da família e uma boa brincadeira, tudo na dose certa”, destaca Deisi.

** Com Tecnologias e Mídias Digitais da Secretaria Municipal da Educação - Curitiba

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